sábado, 3 de maio de 2008

UMA CARTA PARA MINHA IRMÃ

Oi, Dã.
Você me perguntou onde eu arranjo tempo pra escrever, e eu te conto. Você acha que eu vou perder tempo dormindo na Europa? Nãããão. Umas quatro horinhas por noite tá bom. Então, de madrugada, nada melhor do que relembrar o dia, rever fotos, registrar alguma coisa...

Enquanto a mamãe já dorme, eu escrevo.
(ela acabou de acordar e me dar uma bronca...)

Hoje viemos de Toledo para o Parador de Alcañiz, um castelo lindo, no alto de um morro. Estamos a caminho de Barcelona, mas não dava pra ir de uma vez, então esta parada pra dormir aqui. Jantamos num salão todo nobre - mas a mamãe diz que antigamente os Paradores eram muito mais chiques. Pra mim tá chique o bastante. Olha ela aí ao lado, chiquérrima no nosso jantar, como um céu pela janela que parece cenário. Mas é vida real.

Ah, não tem muita foto da gente juntas porque ela não quer sair nas fotos, e quando tira de mim fica muito mais ou menos, corta os fundos, essas coisas, haha. Então acabo tirando eu. Mas vê porque tem mil coisas lindas.

Por que você pediu pra eu falar português de Portugal com a Sofia? Pra ela saber que na Europa se fala português também, além de español? - hahaha.

bom, vou dormir antes que alguém desperte de nuevo e me mate.

besos.

PS: no caminho paramos em Zaragoza e não achamos nada de bom lá. Só um pouco antes de chegar que teve uma coisa interessante: tinha nuns campos uns "cataventos" gigantes, muitos e muitos, a perder de vista, e a gente não conseguiu descobrir pra que servem. Parecia sinalizador pra ET pousar de disco voador.


Poema do Caminho
Árido
Fora e dentro


2 comentários:

Angela Butke disse...

Eolos, deus do vento. Energia eólica.
Catavento.

Quase um hai-kai.

... disse...

nada como ter amigos cultos!