Portugal: Lisboa, Cascais, Estoril, Evora . Espanha: Merida, Toledo, Alcañiz, Tarragona, Barcelona, Montserrat, Cadaques . França: Carcassone, St Remy de Provence, Beaux de Provence, Avignon, Aix en Provence, Cannes, Nice, Paris - Monaco . Itália: Rapallo, Santa Marguerita, Portofino, Lucca, Pisa, Firenze, Siena, Roma
Brigamos um pouquinho, mas rimos MUITO. Por causa da coisa, do coiso. Ela se protegeu da chuva com casaco, blusa, papel, papelão, guarda-chuva fechado, aberto, quebrado. Conversamos bastante com a Maria e mandamus ela não encher quando disse: há quarént klómetrosh, prrúbléma. Mas também choramos de rir com as rrrutundash e os se pssível faça a inversão d’márcha. Ah, e siga o itinerário actuall, quando ela não fazia a menor idéia de onde estávamos. Vimos muita, mas muita, mas muita gente parecida com nossas gentes, com a coisa e com o coiso.
Ah, e também ficamos de papo e perdemos a estação do metrô e quase pegamos o ônibus pro lado errado. E ela saía com a sacolinha pra carregar coisa e entrava nas lojas, saía, dava graças a Deus que não tinha comprado coisa e depois se arrependia. E também errava os caminhos um pouco, mas fingia que tava tudo bem. E parava pra olhar umas coisas que até agora não entendo, como por exemplo a placa de proibido andar em frente, que é vermelha com uma faixa branca no meio – e você não tem muito o que ficar vendo nela. Enfim.
Rimos também nas ruas apertadas de Lucca e com ela lembrando do papai dirigindo em Roma e dos caminhos errados que ele pegou com o tio Charles e tia Lilian na Provence. Jogaram o mapa pela janela de raiva. E voltaram pra pegar porque só tinha aquele. A Maria e seus óbliq a eshquerda não existiam ainda.
Mas, o top da risada – ao lado de todos os momentos coisa – foi quando ela olhou bem pro desenho com as linhas do metrô, colocou o dedo firme numa estação, e disse pra mim, categorical É PRA CÁ. Eu, só pra garantir, perguntei despretenciosamente, tem certeza? E ela, categórica de novo: NENHUMA! Na sequéncia me joguei no chão do metró e fiquei rindo ali por uma semana.
Enfim, e milhões de outros momentos que vamos lembrar cá e lá, pela vida. Mas agora as risadas viajam aqui comigo, só comigo, comigo só. Às vezes vão se misturar com lágrimas de saudade – que eu já estou sentindo desde a hora em que ela partiu – depois de andarmos pelo aeroporto inteiro pra pegar o tax free. Desgraçados dificultam esse refund ao máximo que podem, que é pra você desistir. Mas nós, turcas fomos firmes e fortes, de trenzinho de terminal em terminal, e brigando um pouquinho só pra despedir com dignidade. E pegamos o dinheirão.
Eu tenho manias e ela reclama. Mas somos nós, assim, e sempre juntas.
Mãe, obrigada por tudo. Atutelér!
(lágrimas e riso no ponto final)
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Um comentário:
Minha querida amiga ... quantas alegrias mais irá nos proporcionar? Será que imagina o tamanho da minha felicidade ao receber sua mensagem pelo celular??
Que nossas andanças pelo mundo nos rendam muitos e muitos encontros, quanto às risadas essas são garantidas!
Nossa viagem foi incrível, um sonho!! No último dia encontramos o CAMPEÃO DA DANÇA FEIA (Fique tranquila que o Gu fez questão de registrar o momento só para lhe mostrar ... ele está te mandando um grande beijo!!).
Estou aqui ... enviando toda energia positiva ... para que essa nova fase da sua viagem se revele uma coleção de histórias que ansiosamente aguardo ouvir.
Um beijo da sua amiga, Marcela Emiliozzi
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