domingo, 4 de maio de 2008

MUROS QUE FALAM

No caminho de Alcañiz para Barcelona, paramos em uma cidade chamada TARRAGONA. Linda! O mediterrâneo azul, e as pessoas coloridas caminhando pelo calçadão central e almoçando nos restaurantes. Tudo cheio de gente. Sentamos ali sob o sol e comemos camarões deliciosos.

De repente: cadê todo mundo? Não sei o que aconteceu. Eu só virei ali a esquina a beira-mar para ver o as ruínas de um maravilhoso teatro romano e, quando voltei, praça vazia, mesas de restaurantes esvaziando, pouquíssima gente ainda na rua. Siesta? Não sei. Mas foi bizarro.

E me deparei com um muro pintado com grafites chineses - uma criança num barco e um dragão, e uma feiticeira com uma menina e um prato com alguma coisa; deviam ser provérbios, mas não consegui identificar - e no muro se podia ler: Murs que Parlam. Achei fantástica essa definição e a imagem que se cria... “Muros que Falam”. Por quê achei isso? Não sei. Palavras nem sempre falam como muros, que falam. (>?)

BARÇA
Chegamos a Barcelona.

Conseguimos vir um pedaço do caminho pelo litoral e passando pelas vilas e cidadezinhas. O mais legal depois que entramos na CATALUNYA - quase inacreditável - é ver as placas pelo caminho em catalão, com informações de cada cidade. Cê fica louco. Parece que é de brincadeira. A língua é demais. Eu me senti no Hopi Hari, com aquela língua que eles têm lá. Catalão parece HopiHarês. E eles falando no radio, então, a gente jura que é de brincadeira! Não dá pra entender quase nada e dá vontade de rir. Parece, de fato, um país dentro de outro país.

Mas, em Barcelona, a gente vê que não é um país, mas o mundo dentro de uma cidade.

Caminhamos pelas Ramblas até o Colombo. Ele fica lá parado, de pedra, cercado de leões, enquanto gente do mundo inteiro pára aos pés dele pra tirar fotos ou apreciar seja lá o que for. E logo ali, o Port Olimpico. Acho que é assim o nome. Cheio cheio cheio. Domingo é tudo cheio. Mas lindo lindo lindo. Cheio e lindo.

Quatro dias em Barcelona e um monte de coisas pra ver. Veremos.

Um comentário:

tati fadel disse...

encha-se de sangria e tapas.
barcelona é a sua cara, Juli: essa mistura linda de tradições e rupturas. Sua vida, a nossa, a de humanos em geral. Demasiadamente humana, essa cidade.
beijo