Lucca é murada duas vezes: uma pelo muro de pedra, outra, por árvores lindas ao redor de um gramado lindo ao redor do muro de pedra. E a gente vai “sobre” o muro, que é largo o suficiente pra ter virado uma pista por onde se caminha, corre, passeia com o cachorro, pedala, e passa até de carro em casos especiais. E a gente vê a cidade de cima. As duas cidades. A murada e a de fora, a moderna. De um lado, a Lucca pîcola, antiga, linda, plena de biciletas, italianos e turistas bacanas,, e construções originais de lá-pra-trás. Do outro lado do muro, a cidade “normal”, que eu nem conheci, à margem da magia da Lucca de dentro.
Os sons no meio das ruazinhas às vezes pequeníssimas, as vezes nem tanto, são misturados e deliciosos de ouvir: vozes, música, passos, campainhas de bicicletas e de portas, motocas, conversas pelas janelas, até caminhões – que não dá pra acreditar como passaram por algumas daquelas ruícas. São quase os sons de qualquer cidade, mas é Lucca, e eu estou de bicicleta, na Itália, e apaixonada pelo lugar. E tem ainda os sons das línguas e dos sotaques nos Ciaos e nos Excuzis. E os guias em todos os idiomas, falando alto, com gentes de todas as idades e de todos os tipos. E há risos, e crianças. E tudo. Tutti. Lucca é tudo. Bem ali dentro daquele muro de 4 quilômetros dentro de mim. De bici.
AREIA MOVEDIÇA
Já Pisa, por onde passamos a caminho de Firenze, é só uma torre torta. Impressionante, é vero. MUITO impressionante. Mas só. E va bene – porque também já virou Disneylândia.
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