quinta-feira, 15 de maio de 2008

DI BICI IN LUCCA

Primeiro pensei em pedalar ouvindo música, mas logo me dei conta de que, além de ver, uma das coisas mais legais de andar de bicicleta por Lucca seria ouvir os sons da cidade dentro do muro.

Lucca é murada duas vezes: uma pelo muro de pedra, outra, por árvores lindas ao redor de um gramado lindo ao redor do muro de pedra. E a gente vai “sobre” o muro, que é largo o suficiente pra ter virado uma pista por onde se caminha, corre, passeia com o cachorro, pedala, e passa até de carro em casos especiais. E a gente vê a cidade de cima. As duas cidades. A murada e a de fora, a moderna. De um lado, a Lucca pîcola, antiga, linda, plena de biciletas, italianos e turistas bacanas,, e construções originais de lá-pra-trás. Do outro lado do muro, a cidade “normal”, que eu nem conheci, à margem da magia da Lucca de dentro.

Os sons no meio das ruazinhas às vezes pequeníssimas, as vezes nem tanto, são misturados e deliciosos de ouvir: vozes, música, passos, campainhas de bicicletas e de portas, motocas, conversas pelas janelas, até caminhões – que não dá pra acreditar como passaram por algumas daquelas ruícas. São quase os sons de qualquer cidade, mas é Lucca, e eu estou de bicicleta, na Itália, e apaixonada pelo lugar. E tem ainda os sons das línguas e dos sotaques nos Ciaos e nos Excuzis. E os guias em todos os idiomas, falando alto, com gentes de todas as idades e de todos os tipos. E há risos, e crianças. E tudo. Tutti. Lucca é tudo. Bem ali dentro daquele muro de 4 quilômetros dentro de mim. De bici.

AREIA MOVEDIÇA
Pisa, por onde passamos a caminho de Firenze, é só uma torre torta. Impressionante, é vero. MUITO impressionante. Mas só. E va bene – porque também já virou Disneylândia.
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