quinta-feira, 8 de maio de 2008

COMER, COMER, VIVER

Estou em Carcassone, uma cidade medieval murada, na França. Escrevo enquanto assisto a um documentário sobre Jean-Paul Sartre jornalista, num quarto maravilhoso, sem querer dormir para não perder nenhum minuto neste lugar magìque. Me sinto num filme francês. Algumas coisas incríveis acontecem de repente.

Hoje viajamos da Espanha para a França no meio de uma paisagem que me presenteou com os Pirineus, o Mediterrâneo, videiras e um sol lindo. No caminho entre Barcelona e Carcassone, subimos e descemos a montanha para conhecer Cadaquès, para saber a cara da Costa Brava. Um charme. (Mas as curvas para chegar lá são realmente BRAVAS!).

Foi o dia de comer bem.
Maravilhosamente bem.

Almoçamos na Espanha.

Jantamos na França.
Desculpe. (rs)

E acertamos todas as vezes, na mosca - e no peixe, na carne, no cordeiro, na salada, no vinho, no caminho.


No almoço comi um menu-degustação no El Rovel, na rua principal do Le Born em Barcelona, a Argenteria. Eu não sabia o que ia comer, o menu muda todo dia porque o chef prepara o que tem de mais fresco. Era exatamente o que eu queria: surpresa. E que surpresa! Cada pratinho, um deslumbre de sabores, e odores, e belezas. Nem vale a pena eu tentar descrever porque seria pouco. Di-vi-no. Anchova com ovas e um molho sensacional (achei que eu não ia gostar, amei). Gaspacho com espuma de parmesão, raspas de salame e torrada finíssima. Risoto de bacalhau com alcaparras (nunca gostei de bacalhau, este comi chorando de alegria). Bonito com uma salsa deliciosa, tostadinho por fora e cru por dentro (como aquele atum), indescritível.

E, pra terminar, um filé mignon no ponto perfeito de mal passado por dentro, com cogumelos daqueles sem-igual enrrugadinhos (não sei o nome) e raspas de trufa (fiquei sentindo o cheiro uns 10 minutos antes de ter coragem de comer). Me joguei no chåo de tão bom. A sobremesa foi boa, mas como sou mais de sais que de açúcares, deixo o gusto do salgado, que me fez sorrir por horas a fio.


No jantar, há pouco, em Carcassone, no bistrô Saint Jean, pratos lindos, lindos, lindos. A Daysi comeu Carré de Cordeiro e eu uma salada coloridíssima (!). Tudo delicioso. E um vinho tinto, ui, igualmente maravieux. Até o café foi especial.

Enfim, tá demais de lindo.
E eu “não sei onde isso vai parar”!

Merci beaucoup!
(escrevi certo? odeio essa língua!)


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