Eu consegui fugir do stress e descobri que, quanto mais longe da praça e da catedral, mais tranquilo, mais vazio, mais bonito, mais lugarzinhos pra descobrir e mais Toledo de verdade. Longe da rua comércio, há um ou outro restaurante - e sem gente desesperada e barulhenta - e as casinhas das pessoas são incríveis... você vai andando e, se der sorte, dá pra ouvir várias conversas que vêm de dentro das casas... há portas e janelas abertas e eles falam alto paca. A melhor de todas pra mim foi uma senhorinha que gritava qualquer coisa - com a voz da Mirian Muniz - e a filha dela não entendia, então gritava de volta "que buscas, mamá?". E a velha repetia, e nada. Eu também não entendia, era um rosnado. Na quinta vez, a mulher compreendeu: "ah, bien, se no quieres nada por que gritas?". E a velha respondeu com outro rosnado, mas que eu entendi: "GRITO PORQUE ME GUSTA GRITAR!". Foi muito engraçado.
Ah, e ao redor da cidade murada, uma outra cidade gigantesca não pára de crescer. Há já muitos hotéis, e restaurante, e bares, e uma arena de shows, e agito e trânsito... E há muito mais sendo construído. Eu achei uma pena. Mas amei o que vi nos becos escondidos da cidadela. É preciso explorar.
Labirinto
O poema hoje
se perdeu
pelas ruas perdidas
de Toledo.
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