quarta-feira, 18 de junho de 2008

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA COPA

Eu não vou reclamar. Não posso reclamar. Porque, afinal, Salzburgo é linda e eu tive muita alegria aqui. Mas, sério, será que eu poderíííía ter sido mêêêênos certeira com essa droga de EuroCopa? Consegui estar neste lugar na véspera e no dia de um jogo super importante e o último sediado na cidade. O mun-do veio assistir. E está tudo em função disso. Grata. Este ano é simplesmente a PRIMEIRA vez na história que a Áustria sedia os jogos da EuroCopa (junto com a Suíça). Quer dizer, esta foi a ÚNICA véspera e este foi o ÚNICO dia dessa loucura de futebol aqui. E foi exatamente o dia que eu escolhi para estar nesta cidade que deveria ser tranqüila. Ai, que alegria. Até a mocinha da informação turística disse que estava muito confusa porque nunca tinha visto a cidade daquele jeito. Mas eu não-vou-reclamar. Tô feliz, juro.

O caso é que essa droga de jogo me atrapalhou de verdade: a Casa do Mozart estava fechada e um teatro lindo de marionettes que eu ia assistir no Salzburger Marionneten Theater foi cancelado. Mas o que que tem a ver uma coisa com a outra? A senhorinha da bilheteria do teatro também não sabia explicar e disse que estava very sad for me. Ah, obrigada. A peça, ainda por cima, era a coisa que eu mais queria ouvir em Salzburgo – adivinha! – The Sound of Music. Mas-eu-não-vou-reclamar. É só um desabafozinho. Não dá pra não estar feliz neste lugar!

Isso pra não dizer que tomei café da manhã ouvindo espanhol de um lado e grego do outro. Desgraçados como são barulhentos! Os grupos de gregos pelas ruas parecem as turmas dos meninos do Monte Líbano, meu irmão e os amigos, o Toninho e os primos, esse estilo – e tem uns lindões. E os espanhóis estão mais pros Mauricinhos que estudavam comigo no Santo Américo. Toda essa gente me atrapalhando em Salzburgo (não estou reclamando). Austríaco mesmo devo ter visto um só, o que estava aqui no trem comigo, a caminho de Viena para uma entrevista de trabalho.

Aliás, vale registrar - porque a vida é curta: ontem à noite um grego me pediu em casamento e um espanhol me deu um buquê de flores de plástico. Menos mal, porque as flores de plástico não morrem.
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