segunda-feira, 23 de junho de 2008

BUDAPESTE

Adorei Budapeste!
MUITO quente, é verdade. Poderia ter sido um estorvo. Mas como aqui o livro é outro (ah, meus trocadilhos), o calor foi uma delícia!

PESTE!

Está tudo em Peste.
Inclusive a incrível vista.
Porque Buda é que é bonito de ver. Com aquele castelo no alto, e igrejas pontudas, e o morro onde está o mosteiro, e a ponte. É lindo de se olhar de Peste principalmente à noite, quando a ponte e Buda estão completamente iluminadas.

E eu nem podia imaginar que BudaPeste tinha tantos, mas tantos, mas tantos teatros! E no mapa da cidade estão todos lá, indicados pela mascarazinha. Eu não poderia ter ficado mais feliz! Fui ver quase todos! Grandes, pequenos, descolados, alternativos. Nada que a gente já não saiba como é, já que em São Paulo tem tudo igual, mas duvido que você imaginava que em BudaPeste também tinha. MUITO teatro, MUITA arte, MUITA gente nas ruas fazendo música. A cidade tem um estilo delicioso e pulsa. Peste. Buda já é outra história. Buda, aliás, é uma história sobre a qual não posso falar muito porque eu não consegui chegar lá direito.

Explico-me: peguei a ponte de bici e fui passear na ilhazinha que tem no meio do Danúbio - onde não tem nada além de uma pista de cooper, um parque meia-boca, uma escola, e 20 mil piscinas, como em clubes fechados - quem não tem praia, vai de pisci. Bom, daí atravessei a ponte, deixei a bici ali, peguei o funicular e subi lá pra ver o antigo palácio húngaro dos Habsburgos (hm, aprendi tudo sobre eles!). A vista é linda mas, sinceramente, não tem nada de muito especial lá. A não ser um pedacinho do museu, no subsolo, que mostra ruínas do castelo verdadeiro, tudo gótico, bem como eu gosto. E não tinha NINGUÉM visitando lá, SÉ EU! Então foi incrível, me senti a Sissi, vagando desolada pelos subterrâneos e jardins do palácio, pensando na vida e na morte.

Ah, e tem também um restaurantezinho com um teatrinho dentro onde há cartazes incríveis e verdadeiros das estréias das opéras em Budapeste. Carmem, La Boheme, Don Giovani, mil. LINDO.

Bom, aí andei um pouquinho na rua por onde a gente sai do palácio e não achei nada. É como uma das nossas charmosas cidades do interior. Desci, peguei a bici e achei e ia conseguir vr mais um pouco. Nunca mais consegui. Simplesmente eu não achei a cidade atrás do morro. fiquei margeando o Rio, tentando entrar por todos os lados e não consegui. Não sei que que eu fiz de errado. Mas, enfim, acho que não perdi nada.

De qualquer maneira, que Buda me abençoe.

TRILHAS SAGRADAS
E quando se fica só o que te acompanha? A mim, música. Ouvir ou não ouvir muda tudo. Eu gosto dos sons das cidades, mas a música me enche de alma e de ânimo, enquanto ando e vejo. Então ouço. Meus pés estão destruídos porque de tanta música boa, eu ando e não percebo o quanto. "Se você não se distrai…".

Zélia, imbatível, caminha comigo diariamente e mantemos uma relação próxima e profunda, já que muitas vezes ela me diz o que fazer ou conduz meus sentimentos. Me faz rir, chorar, lembrar, esquecer, querer, querer mais. É música de tanta história que quase não cabe nas cidades por onde passo. E me enche de saudade de um monte de coisas que tive, de um monte de ausências e alegrias passadas. E me preenche de um pouco do que desejei ter, ou ser, ou ouvir. Música de dentro, para todos os lugares. E que guarda os meus segredos. Nos meus ouvidos.

Em Budapeste, tive que ir de Chico. Por puro capricho.

E Ivete, de barco pelo Danúbio no entardecer: "Posso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou. Posso te falar do medo, do meu desejo, do meu amor. Posso falar da tarde que cai e aos poucos deixa ver no céu a lua que um dia eu te dei. Gosto de fechar os olhos, fugir no tempo, de me perder. Posso até perder a hora, mas sei que já passou das seis. Sei que não há no mundo quem possa te dizer que não é tua a Lua que eu te dei. Pra brilhar Por onde você for Me queira bem Durma bem Meu Amor".

LIVROS SAGRADOS
Sabia que os hotéis continuam deixando o Novo Testamento nos quartos? Nornmalmente está dentro da gaveta de alguma mesinha, então nem todo mundo nota. Mas eu noto. E acho curioso. Pensei que fosse um hábito ultrapassado, mas não. Não é de alguma forma interessante? Mas eu gostaria de saber a razão. A exata razão. Será que é o dono católico que manda? Ou a ordem vem de cima? Ou nada disso? Vou tentar descobrir.

Por puro capricho.

.

Nenhum comentário: