Eu optei pela bici porque ia ficar aqui pouco tempo, mas vou por aí todos os dias NAMORANDO COMO PAZZA os motorinos... todos os oitocentos e vinte sete tipos de vespa que a gente vê estacionadas em todos os lugares ou voando nas mãos de meninas, mulheres e senhorinhas italianas de todos os tipos, cores, credos e bolsos. As amigas se encontram, se despedem, andam em bando, em duplas, em trios, sempre em seus motorinos. Se eu morasse aqui - mas isso é certo! - eu teria uma vespinha!
É tão incrível, que não me custa muito andar por mais de uma hora só olhando os detalhes das vespinhas estacionadas. É diversão na certa. Mais ainda quando as donas das motocas chegam e se preparam para partir... se sentam, telefonam, colocam seus capacetes, e se ajeitam com bolsas, sacolas, saias, sapatos e celulares. Ou então quando chegam, e tiram o capacete, desamassam o cabelo, arrumam a roupa, se olham no espelhinho, retocam a maquiagem, ligam para alguém enquanto giram a chave para fechar o cadeado. Tudo ao mesmo tempo. Mulher de motorino é mais multi-funcional do que nunca! (minha amiga Elisa tem uma técnica incrível de prender o celular no capacete para ir fofocando enquanto pilota, olha na foto! Parece o Pontcherello do Chips).
Mas é ainda mais interessante do que só o visual. O fato de dirigir uma motinho pra lá e pra cá dá a todas essas mulheres e meninas uma força italiana, uma autonomia que só vejo nas mulheres que andam de motorino. Uma classe diferente, um charme misterioso.
Até a minha professora de italiano anda de motoca. Eu nunca vi. Mas é uma festa imaginar essa mulher baixote de 50 anos pilotando a sua vespinha.
E são tantas e tantas pelas ruas. De todos os tamanhos e todas as idades. As mais inusitadas. Em todos os lugares. Mulher aqui só anda de motorino! E se você acha que não é legal, problema seu, porque ELAS NÃO ESTÃO NEM AÍ!
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