sábado, 13 de setembro de 2008

MIO AMATO MOTORINO

Uma das coisas de que mais vou sentir falta quando não estiver mais na Itália, e em Firenze, são os motorinos e suas donas. O desfile, o show, o espetáculo, os sons, a festa dos motorinos e suas "pilotas" pelas ruelas da cidade! É muito divertido. E eu amo essas motocas que preenchem Firenze de alegria!!

Eu optei pela bici porque ia ficar aqui pouco tempo, mas vou por aí todos os dias NAMORANDO COMO PAZZA os motorinos... todos os oitocentos e vinte sete tipos de vespa que a gente vê estacionadas em todos os lugares ou voando nas mãos de meninas, mulheres e senhorinhas italianas de todos os tipos, cores, credos e bolsos. As amigas se encontram, se despedem, andam em bando, em duplas, em trios, sempre em seus motorinos. Se eu morasse aqui - mas isso é certo! - eu teria uma vespinha!

A coisa é incrível: a chance de você ver duas motinhos iguais é tão tão tão pequena que em três meses eu nunca vi. Juro. Eu não vi dois motorinos iguais. Às vezes são bem parecidos, mas não são iguais. Fora que as mulheres sempre dão uma decoradinha, um toque pessoal. Tem mais velho, mais novo, caindo as pedaços, bem cuidado, azul, branco, rosa, roxo, com ou sem adesivos, fitas, enfeites, com muitas ou poucas histórias, mas cada mulher tem o SEU motorino - e o seu capacete -, todo particular. E todo interessante.


É tão incrível, que não me custa muito andar por mais de uma hora só olhando os detalhes das vespinhas estacionadas. É diversão na certa. Mais ainda quando as donas das motocas chegam e se preparam para partir... se sentam, telefonam, colocam seus capacetes, e se ajeitam com bolsas, sacolas, saias, sapatos e celulares. Ou então quando chegam, e tiram o capacete, desamassam o cabelo, arrumam a roupa, se olham no espelhinho, retocam a maquiagem, ligam para alguém enquanto giram a chave para fechar o cadeado. Tudo ao mesmo tempo. Mulher de motorino é mais multi-funcional do que nunca! (minha amiga Elisa tem uma técnica incrível de prender o celular no capacete para ir fofocando enquanto pilota, olha na foto! Parece o Pontcherello do Chips).

Mas é ainda mais interessante do que só o visual. O fato de dirigir uma motinho pra lá e pra cá dá a todas essas mulheres e meninas uma força italiana, uma autonomia que só vejo nas mulheres que andam de motorino. Uma classe diferente, um charme misterioso.

Até a minha professora de italiano anda de motoca. Eu nunca vi. Mas é uma festa imaginar essa mulher baixote de 50 anos pilotando a sua vespinha.

E são tantas e tantas pelas ruas. De todos os tamanhos e todas as idades. As mais inusitadas. Em todos os lugares. Mulher aqui só anda de motorino! E se você acha que não é legal, problema seu, porque ELAS NÃO ESTÃO NEM AÍ!
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