sexta-feira, 5 de setembro de 2008

PESSOAS II

Muitas pessoas passam por mim em Firenze. Algumas vão sem quase serem notadas. Outras, agarro pra mim. Sobre algumas eu já falei. Sobre outras, falarei agora. Algumas já passaram e já foram embora. Outras ainda estão aqui. E todas valem a pena por alguma razão. Gente sempre vale a pena por uma ou outra razão.

ALUIZIO
Um dia cheguei no albergo onde eu morava e o italiano grosso que vem a ser o dono do lugar - e que eu pensei que fosse uma exceção entre todos esses italianos loucos e grosseiros - resolveu que eu deveria pagar o dobro do que pagava nos primeiros dois meses. Desse jeito. Do nada, out of the blue, subito. Porque setembro é assim, ele disse. Não importava se eu morava lá fazia dois meses, se já tinha levado um monte de amigos e até desconhecidos a se hospedarem lá, se eu tinha sido sempre simpática e educada e se tinha até dado presentinhos pros filhos dele. Nada importava nem para me dar a chance do diálogo. Ele resolveu que era aquilo e me comunicou. Pois eu resolvi que me mudaria de lá imediatamente e me mudei. No mesmo dia. Atravessei a rua e achei lugar no Desire. Nada podia ter sido melhor. Meu hotelzinho novo é muito mais charmoso e aconchegante, ganhei um frigobar incrível para gelar minha água nesse calor do cão, e, de quebra, ganhei o Aluizio, o amigo mais legal - e leal - da cidade. "Diz-que" ele é de Recife, mora aqui em Firenze há 13 anos, trabalha neste hotel há 10, tem me ajudado com o italiano e me faz rir todo dia - o que faz um bem danado, principalmente nos dias de saudade! Em uma semana, o Aluizio já disse algumas das expressões mais engraçadas que ouvi na vida: 1-"Baixou a piniqueira" (de penico mesmo), para quando você faz aquela faxina CAPRICHADA, passa o dia limpando a casa, o quarto, as coisas todas, faz compras no super, arruma tudo bem arrumadinho, do jeito que meu pai gosta. 2-"Vai dar a Elza", ou algo do tipo: essa ele disse quando duas meninas iam levando os copos de um bar embora, andando pela rua, como se nada estivesse acontecendo. Parece que ele conhecia uma Elza que nunca saía de casa para lugar nenhum, mas sempre pedia pros amigos levarem coisas pra ela. E o povo levava. Então "dar a Elza" é quando você sai dos lugares levando as coisas... também vale pra docinho em festa de criança e pra bem-casado: "vou levar pra Elza" (eu sempre dizia que era pra minha vó!). Mega golpe. 3-Uma das melhores, até pra mim que amo criancinhas: "meu momento Herodes", quando ele contou que não estava mais su-por-tan-do os filhos de uns amigos correndo e gritando pra lá e pra cá durante o jantar. Ele é MUITO engraçado. Simpático e gentil SEMPRE. Ainda mantém um sotaquezinho bom de pernambucano e me lembra a Margarida, claro. O Aluizio alegra minhas tardes de setembro.


STEPHANIE
Bom, a Stephanie é a minha melhor companhia. Paulistana do Itaim "básica", 19 anos, estudou no Dante, chegou em Firenze em junho e vai passar pelo menos quatro anos aqui estudando moda na universidade. A irmã dela, a Fernanda, mora aqui há mais de dez anos, é casada com um italiano e tem dois filhos fofos, o Giorgio e a Isabella - que me fazem morrer de saudade da Sofia porque falam português com sotaque, como ela. Logo que chegou a Firenze, a Stephanie começou a trabalhar num restaurante na praça do Mercato Centrale e, de cara, já surpreendeu a família inteira, que não sabia que a filha mais nova era tão esperta, disposta e capaz de trabalhar bem e se virar sozinha (filhas mais novas sempre enfrentam essa sina, eu sei bem). Um dia, logo que eu cheguei, passava lá na frente do restaurante e ela me chamou: Ciao! Ciao. Você é brasielira, né? Sou. Ficamos amigas e não nos largamos mais. Ela me traz todas as boas recordações de quando fui estudar em Boston com 17 anos, em 1992. E eu aprendo muito com ela, que é uma das pessoas mais flexíveis e bacanas que se pode encontrar. Está sempre sorrindo. Até trabalhando. Sempre tranqüilona e sorridente. Tem cabelos e dentes que brilham - e olhos verdes que brilham mais ainda! E está sempre emperequetada. De um jeito que SÓ ELA pode fazer. Se eu usasse metade dos dourados que ela usa, dos anéis, das pulseiras, dos colares, dos brincos enormes, dos vestidões estampados, da maquiagem, do rímel e do rosa nas unhas, eu seria uma árvore de natal ambulante. Mas ela fica linda, elegante, simpática e estilosa. Aparece cada dia com uma coisinha nova, um detalhe diferente e cuidadosamente escolhido. E sempre bacana e interessante. A companhia dela é sempre boa, pra tudo. A gente já tenta brigar um pouquinho de vez em quando, como irmã mais velha e irmã mais nova (como ela briga às vezes com a Fê), mas até nessas horas ela fica sorrindo - e então quem consegue brigar? Eu não consigo. Graças a Deus.


ELVANA
É albanesa. Trabalha há seis anos no Vecchio Mercato - o mesmo restaurante da Stephanie. Ela vai trabalhar sempre de motorino, mas o médico mandou ir de bike para exercitar as pernas, É hostess e eu gosto dela, mas a Stephanie começou a detestá-la. Aliás, os albaneses são absolutamente odiados em Firenze. Há milhares deles trabalhando por aqui. E são estranhos mesmo. A Elvana, entre idas e vindas, mora na Itália há 16 anos. Tem 27. E tem um filho de 6, lindo, fofo e bem inteligente: o Cristian. O pai dele é italiano, mas ela não gosta de falar nisso - provavelmente ele a traiu e foi embora com a outra. Eu acho que nenhum italiano fica, de fato, com uma albanesa - pelo menos não em Firenze. Se bem que eu já soube que o dono do restaurante trocou a esposa por uma dessas mulheres do país que começa com A (falamos assim para que eles não nos entendam. Meu Deus, somos maus!). Um dia a Elvana me convidou pra comer uma pizza com ela e com o filho, para eu conhecê-lo. Foi gentil da parte dela, mas foi tudo muito estranho. Foi, assim, um evento meio formal. Tudo muito estranho. Os não-brasieliros, juro, são todos muito estranhos. A Elvana faz faculdade de Economia - não sei pra quê porque ela não pretende trabalhar com isso - e trouxe os pais da Albania para cuidarem do filho enquanto ela trabalha. Não deve ser fácil a vida dela. Mas é impossível desenvolver uma amizade. A gente tentou. Mas realmente tem ali qualquer coisa que não vá bene. Não é preconceito: albaneses são definitivamente estranhos. Mas quando ela anda de motorino parece uma itliana como outra qualquer.


ELISA
A Elisa, sim, é uma ragazza típica, fiorentina total. Em vez de COSA, diz RÔSA. Porque os fiorentinos dizem o C com som de R. Secondo me é SERRÓNDO me. É som de RR, mas não aquele de vó. É o nosso normal, de rosa, roxo, cachorro. E eles falam tão rápido com os "RR"s no lugar dos "C"s que só Deus ajuda a entender. A Elisa fala fala fala, rápida e atropeladamente, e eu sorrio como se entendesse tudo. Mas, é duro, não entendo nem metade. E ela ainda tem a língua presa. Mas tenho vergonha de dizer pra ela que não capisco. Então vou reagindo como se entendesse tutto. Por isso ela pensa que sei muito mais sobre a vida dela do que realmente sei. Sei que tem um metro e meio de altura, uns 45 kilos e menos de 20 anos. Quando sorri, espreme os olhos e é uma das poucas italianas que tem dentes (de leite!) bonitos (falarei sobre isso em outro momento, mas os dentes desse povo são inacreditavelmente mal cuidados). Elisa trabalha no Zazá, outro restaurante ali na Piazza do Mercato. Ela sempre me ajuda a escolher o que pedir, e eu adoro - porque me tornei a pessoa mais indecisa do mundo! Um dia ela estava bem tristinha e eu inventei de perguntar por quê. Começou a chorar e me disse que o namorado tinha batido nela. Eu não podia imaginar como aquilo seria possível porque se um homem der um tapa naquela menina, ela voa longe e se quebra inteira. Mas aí ela me explicou melhor: ele me bateu com palavras e me machucou muito. Ai, foi de uma doçura que eu não sabia se ria ou chorava com ela. No outro dia, ele deixou um bilhete lindo e rosas vermelhas no motorino dela e ficou tudo bem. E isso é tudo que sei sobre a Elisa.


JESSICA
Ela também é super fiorentina. Também troca o C pelo R. Também tem 19 anos - ou 17, esqueci -, e também anda de motorino. (Motorino é a Vespa - o transporte de 90% da população fiorentina) O da Jessica é rosa. Tudo dela é meio rosa. O motorino, o capacete e as bochechas do namorado, o Nicolá. Ela trabalha no albergo onde morei em julho e agosto. Me tratava como una sorela. Me fazia café todas as manhãs e separava comida pra eu levar pra aula quando saía atrasada e não tinha tempo pra fazer colazzione. Estuda qualquer coisa ligada a hotelaria e trabalha no hotel nas férias para ir aprendendo. Mas vive reclamando do chefe - que é o tal italiano estúpido que resolveu me cobrar mais do dia pra noite. A Jessica ficou arrasada quando eu me mudei. Mas nunca apareceu pra me visitar. E é só atravessar a rua. Os italianos são assim: você até pensa que eles se apegaram a você, mas não. Eles não criam laços com estranhos. Muito estranho.


SPERANZA
Tem uns 60 anos, é uma das 927 albanesas que habitam cada quarteirão de Firenze, e limpa os quartos do meu antigo hotel. É uma figura, figura, figura. Não perde a chance de fazer a velha piada e diz que será a última a morrer. Adora receber elogios e vive repetindo que é brava, bravíssima! Desde o primeiro dia ficou cheia de amores comigo: bambina mia, mi amore, mi amica, mia Giuliana, pícola, picolina mia. Até chorou quando eu ia saindo com as malas. Mas eu vou ali pro outro lado da rua, Spressa (o nome em albanês), ainda vamos nos ver. Mas não é a mesma coisa, ela disse. E eu gostava de arrumar o quarto pra você. Ela adora se mostrar linda e jovem. Super se arruma depois de trabalhar na limpeza das stanzas o dia inteiro. E vive contando dos homens que mexem com ela quando ela passa toda arrumada pela rua. É vaidosa no nível máximo. Me mostrou dúzias de fotos do filho e da filha (que tem umas fotos de "modelo e manequim" hor-ro-ro-sas, coitada). Me pediu pra ensiná-la inglês porque o filho namora uma americana e precisa falar com a mãe dela. E com os hóspedes. Ensinei um pouco. Foi engraçado. E sobre o marido ela diz que ele era lindo, de cinema. Hoje é bem barrigudo e feio que dói. Segundo ela, devia ter dito NÃO pra ele, ficado solteira, e se tornado uma atriz famosa. "Porque, na verdade, era esse o meu destino. Mas eu escolhi errado: casei. Agora já foi. Estou aqui limpando banheiros" - e encheu os olhos de lágrimas. A vida è così, Spressa, è così - eu disse. Que que eu podia dizer? Respondo a mesma coisa pra mim, às vezes. È così, È così.


MANOLA
Minha professora do nível quatro. Não tem igual. Dá aulas nessa escola há 16 anos. Mas é laureada em russo e lá nos anos de ragazza trabalhou como intérprete para uns caras levemente perigosos. Na sexta passada ela levou a filha pra nossa aula porque não tinha com quem deixar. São italianas italianas italianas. Manola fala com as mãos, é super palhaça e cheia de caretas e interjeições. Dá até uma aula da língua dos gestos dos italianos. É de chorar de rir. O melhor dos gestos, secondo me, é passar as duas mãos como se alisasse uma barba comprida dividida em duas partes, do queixo para baixo. Duas pontas muito compridas de uma barbicha partida ao meio. Alisa bem alisada, do queijo até quase o pé, com as duas mãos ao mesmo tempo, paralelas, uma em cada parte da barba. E significa que a coisa está molto, molto, molto tediosa... INSOPORTABLE! Quando, por exemplo, alguém está te contando uma história que não acaba nunca mais, você pega e começa alisaaaar a barba, e alisa, e alisa... Além dos gestos, a Manola diz que os italianos, principalmente os maridos italianos, são as pessoas mais dramáticas da face da terra. Secondo ela, com 36,5 de febre, eles vêm se arrastando e dizendo que estão à beira da morte, com as mãos na cabeça como quem arranca os cabelos, e juram que precisam ir urgente ao hospital. E não sabem fazer nada sem a mulher. Mas o brasileiro não é assim também? E, a melhor: Manola contou que dá aulas privadas para estudantes que, às vezes, demoram tanto pra ler um texto que ela doooorme na mesa. De olho aberto pro estudante não notar!!!!


STEFANO
Meu professor do nível três. Ele é pintor. E acha Firenze uma velharia. Diz que está tudo caindo aos pedaços, que é tudo velho demais e ultrapassado. Inclusive os italianos. Detesta. Mora aqui porque sempre morou. Mas detesta. É muito tranquilão, divertido e ensina bem demais. Usa sempre adjetivos interessantes e bem pronunciados quando vai nos passar uma lição ou uma tarefa. Vejam este FANTÁSTICO exercício. Vamos fazer um STUPENDO escrito. Façam esta MARAVILHOSA leitura. Aí vai o SIMPÁTICO compiti para domani. E, entre dez palavras, diz umas quatro vezes uma das minhas expressões fiorentinas favoritas: ACCIDENTI!! - que significa NOSSA!, no sentido de Nossa Senhora mãe de Deus, Jesus, Maria, José!!!! Amo, amo, amo.


MOIRA
A Moira salvou meu primeiro mês de italiano. Ela veio substituir a primeira professora, que era uó. Tem a minha idade, exatamente. É magérrima e engraçadíssima. Mas ela não faz palhaçada, como a Manola. É engraçada por natureza. As expressões dela, que eu também adoro são MA DAI! e MAGARI! Moira é casada com um americano e eles vivem se pegando porque um fala mal do país do outro. Ele detesta morar na Itália e conviver com os italianos mal educados e ela detesta a "América" do Bush. Mas acho que se amam. Os dois dão aulas na universidade. Ela só dá aula de italiano nas férias de verão. Durante o ano ensina história da arte. Se locomove de bicicleta e um dia chegou na aula louca da vida porque roubaram a dela. Bastardos!!! Relatou como gostaria de ver esses ladrões serem assassinados e jogados no rio para todo mundo vê-los boiando pelo Arno. Adora o Brunello de Montalcino Banfi e passou a madrugada fazendo guerra de neve com o marido e os vizinhos na última vez que nevou em Firenze, depois de mil anos, em 2006, acho. Minha proff preferita.


JANETE
Ai, a Janete é um sonho. Tem 63 anos, mas parece 50. É mineira e tem a melhor risada do mundo. Já falei nela, mas quero falar de novo porque ela me deu uma lição de vida esses dias. Janete veio pra cá estudar italiano em julho, só um mês, e eu tive a sorte de cair na classe dela. Foi embora antes de julho acabar. Mas a Janete veio, principalmente, atrás das suas raízes. O avô dela é de Lucca, a cidade mais fofa da Itália. E ela até chorou na classe quando disse que tinha vindo para conhecer a cidade e que tinha sido muito emocionante ir até lá. Eu chorei junto, claro. Fui lá abraçar ela e ficamos chorando enquanto a classe aplaudia. Isso também foi emocionante! Bom, a Janete foi embora e nos falamos dia desses, pelo Skype (ela é super internética!). Sempre nos falamos. Uma das filhas dela está grávida. Já tem uma turma de netos, e vem mais um. E então outro dia fizeram exames e descobriu-se que o novo netinho nascerá com a Síndrome de Down. Na primeira vez em que conversamos ela disse que ainda estavam um pouco assustados mas que iriam ficar bem. Quando nos falamos de novo, ela foi categórica: agora estou tranqüila e feliz, já entendi que isso é uma benção de Deus. Essa criança vem para preencher a minha velhice, vai ser a minha maior companhia, o meu anjo. Aí eu chorei de novo, uai. Se o neto da Janete é especial, ela é muito mais. Não é qualquer um que pensa uma coisa linda dessas. Não é qualquer um que aos 60 anos vai estudar italiano na Itália com um bando de adolescentes chatos, que se hospeda numa casa de uma senhora italiana sem nenhum conforto e que ainda vai atrás de suas origens numa cidadezinha murada. Janete Lucchesi, de Lucca, que eu tive o prazer de conhecer em Firenze, é muito especial e me deixou mil saudades.


HELENA
Nunca falei da Helena e não sei como. Ela completava o nosso trio de julho. Helena, Janete e eu. É de Porto Alegre, mas mora há anos com o marido e os filhos em Friburgo. Tem duas meninas e um menino. Todos adolescentes. O mais novo é filho adotivo. Ela e o marido resolveram adotar uma criança quando as meninas cresceram um pouquinho. História linda e um exemplo que, se fosse seguido por só metade das famílias brasileiras com condições de criar mais um, daria esperança, oportunidade, um lar e amor para milhares de crianças sem pais espalhadas pelo nosso país. Milhares de crianças que esperam. E a Helena, por si só, não espera, faz - e é um exemplo. Convivi bastante com ela, mas demorei a saber que ela tinha enfrentado e vencido a doença cujo nome a gente não gosta de dizer. Ela tem 40 e poucos anos e acho que essa coisa aconteceu há uns três ou cinco. Ela teve de fazer todos aqueles tratamentos e tirar um seio. E está aí, firme e forte, cheia de planos pra família, cheia de energia, vindo estudar um mês sozinha na itália - para matá-los de saudade. E ainda fez o curso de culinária comigo. Anotou tudinho pra fazer pro marido e pras crianças. Ela me divertia demais nas aulas de cozinha, super despojada. "Eu não vou achar esse queijo nunca em Friburgo! Naquele lugar só tem mercadinho e olhe lá! Você vai me mandar de São Paulo pelo correio." Foi uma amigona. E rimos demais juntas, ela, Janete e eu. Eu ficava entre o sotaque gaúcho dela e o mineiro da Janete e era feliz. Fui muito feliz com elas. E aprendi um monte de lições. Se eu "envelhecer" como elas serei a pessoa mais feliz do mundo! Mas o detalhe mais interessante sobre a Helena é que ela trabalha aconselhando as pessoas sobre investimentos na Bolsa de Valores. Não, você jamais poderia pensar que esse era o trabalho dela. É veramente inusitado!

Olha, tem muita gente inusitada neste mundo!
E eu sou uma felizarda por conhecer tantas dessas gentes!
Gente é pra brilhar! (disse bem o Caetano)
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