Ufa!
Já estamos em João Pessoa, na Paraíba. Um calor do cão.
Passamos antes por Fortaleza, no Ceará. E daqui vamos para Campina Grande. Depois Maceió, em Alagoas.
(ou NAS Alagoas? hm?)
Enfim, tem um monte de histórias pra contar, mas, definitivamente o calor não deixa. Eu sou do sul, certeza. A lerdeza e o calor daqui me matam. Embora eu goste de andar no calçadão. Hoje andei pela semana inteira.E ontem roubaram o meu celular. Durante o espetáculo. Espetacular. Minha intuição me dizia que não deveria deixar as minhas coisas na tal sala que nos deram para usar de camarim. Mesmo assim, deixei. E levaram, então, as fotos lindas das crianças, da minha mãe, das minhas irmãs, de mil gentes queridas, e mais as gravações da Sofia falando Tchia Chuli e os vídeos lindos dela... e mais a minha agenda de telefone inteira. Dá uma raiva. Ainda que eu esteja vendo um mar lindo na minha frente.
Enfim.
Pois.
Quando o calor passar, ou quando tiver uma net no ar condicionado, atualizo a vida.
terça-feira, 30 de outubro de 2007
ET, TELEFONE, CASA
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
...E O PARANÁ PASSOU
De Guarapuava voltamos para Curitiba. Faremos a última apresentação no Paraná amanhã, em Araucária. É uma cidadezinha colada em Curitiba. Vai ser no Teatro da Praça, um teatro na praça bem bonitinho. O nosso espetáculo faz parte do V Festival Eliseu Voronkoff. A diretora atual de lá, Cindy, nos contou que o nome do festival é uma homenagem ao Eliseu, que dirigiu o teatro até 2003, quando foi assassinado com QUARENTA E QUATRO facadas. A cidade é bem pequena. E, ali mesmo, um homem matou Eliseu com 44 facadas.
Na sexta-feira vamos para o Nordeste e seguimos por lá até o fim da temporada. Tem Fortaleza, Maceió, João Pessoa, Juazeiro do Norte, Crato, Cariri, Pantanal... e mais umas cidades que não lembro. Vai ser lindo.
Mas as quarenta e quatro facadas não me saem da cabeça.
PS: Assistimos a Piaf no cinema.
Chorei toda a minha saudade e mais as dores da vida inteira.
Por que alguém tem de passar por TANTO sofrimento?
PS2: O show da Ivete foi uma delícia. E criamos uma variação pro tradicional "ô maluquete de quem você é tiete?"... eu sou, sou tiete da Georgette!! hahaha

sábado, 20 de outubro de 2007
Ô MALUQUETE, DE QUEM VOCÊ É TIETE?
EU SÔ, SÔ TIETE DA IVETE!!
Estou em surto. Parece bobagem, mas não é. Há um mês longe de casa, mudando de cidade de dois em dois dias, com pessoas amadas, mas novas na vida, dá uma saudade imensa daquilo que a gente realmente gosta e que fez sempre parte de momentos felizes, com amigos adorados, enfim... E, para mim, por mais bobo que possa parecer, música baiana tem isso. Mais ainda Ivete Sangalo. E simplesmente, por uma coincidência maravilhosa, Miss Sangalo fará show em Guarapuava neste domingo. E nós, simplesmente, acabamos de chegar a Guarapuava.
Se eu estou eufórica e não consigo falar em outra coisa? Imagina... Se não pára de cantarolar as músicas do show, que sei dos pés à cabeça? Lógico... Se vou deixar o DVD (que eu trouxe!) rolando direto - como fiz na última cidade? CLARO! Se vou dormir esta noite? Tá, dormir eu vou, também não é pra tanto.
(Mentira. É pra tanto, sim, não vou dormir! haha - mas estou com vergonha de admitir isso aqui... rs)
Estávamos na van, entrando na cidade, quando o rádio disse: AMANHÃ IVETE SANGALO EM GUARAPUAVA! Tive um surto de euforia e quase morri do coração. Comecei E por causa disso, todo mundo se comoveu e vai comigo ao show! Vai ser o máximo. Vai ser um respiro no meio da saudade. De alguma forma inexplicável vai me confortar o coração. Sou assim. Do que eu gosto, eu gosto. E não preciso mudar.
Não precisa mudar/ Vou me adaptar ao seu jeito/ Seus costumes, seus defeitos/ Seus ciúmes, suas caras, pra que mudá-las?/ Não precisa mudar/ Vou saber fazer o seu jogo/ Saber tudo do seu gosto/ Sem deixar nenhuma mágoa, sem cobrar nada/ Se eu sei que no final fica tudo bem/ A gente se ajeita na cama pequena/ Te faço um poema, te cubro de amor/ Então você adormece/ Meu coração enobrece/ E a gente sempre esquece/ De tudo que passou... (Ivete canta com Saulo)
Fora isso, mãe, pai, não tem jeito: sou idêntica a vocês.
Em (quase) tudo.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
A TARCA DO TEMPO

quinta-feira, 18 de outubro de 2007
LA GARANTIA SOY YO!
Chegamos hoje em Francisco Beltrão. Passamos pela Foz do Iguaçu que, pra nós, foi Paraguai e Cataratas. Ficamos num hotel afastado da cidade e só choveu (fora no dia de ir embora, hoje, quando fomos ver as cataratas num mega sol). Mas a cidade nem conhecemos.
Uma loucura se abateu sobre todos - e, pelo que vimos, se abate sobre qualquer brasileiro que vá a Foz do Iguaçu - de comprar no Paraguai. Mas, enfim, foi a nossa diversão. E de todas as histórias de vendedores que conseguem empurrar o que você não quer comprar, ou que te engabelam com informações absurdas, a melhor foi a do DVD portátil que a Georgette comprou. Ela queria garantia. O vendedor disse que tinha, de dois anos. Ela procurou no manual, nos papéis que vinham na caixa e voltou lá pra reclamar: - Onde é que diz que tem garantia de dois anos? O vendedor, muito solícito (leia-se debochado), não teve dúvida, pegou um pedaço de papel, escreveu "garantia de dois anos" e assinou embaixo!! kkkk. La garantia soy yo!! Estamos rindo até agora. Mas o DVD funciona bem - por enquanto...
Em outra loja, quando o Cris foi tentar trocar uma câmera que achou muito mais barata em outro lugar, o cara ficou louco e gritava com ele: Comprou porque quis!! Eu não coloquei um revólver na sua cabeça pra você comprar, coloquei?? Então vai embora e não me enche! Pois.
Decidimos ir às cataratas no dia de ir embora. Ainda bem. Finalmente fez um sol maravilhoso, um dia lindo. E as cataratas são mesmo uma visão do paraíso. Fiquei pensando em como é possível ter se formado uma coisa tão extraordinariamente bonita... Pois pois. Às vezes a gente esquece do quanto somos privilegiados nessa vida por ter a oportunidade de ver coisas tão divinas.
PS: Maricota, olha as fotos das placas! Tirei pra você, obviamente!
sexta-feira, 12 de outubro de 2007
PROCURA-SE MANICURE
Chegamos à cidade e a primeira coisa que eu fiz foi sair em busca de uma manicure porque eu estava no limite de não roer as unhas todas. Achei um cabeleireiro de cara, do lado do hotel. Um não, três, um na sequência do outro, na mesma rua. Na rua de baixo, mais um e um pouco depois o quinto, enorme. O sexto era um pouquinho mais distante. No sétimo, finalmente, achei Socorro.
Pois.
Tive de ir a SETE salões para conseguir fazer as unhas. No 1°, a manicure só chegava às 17h, já tinha duas clientes esperando e era só com hora marcada. Ok. O 2° estava sem manicure esses dias. No 3°, havia um sofá cheio de mulheres e crianças esperando as duas manicures que faziam mão e pé de uma moça. E eles nem sabiam se conseguiriam atender toda aquela clientela. As mulheres nem aí, batendo papo na sala de espera (o sofá). No 4° salão, a manicure tinha faltado - "a filhinha dela tá doente, fia". No 5°, o grandão, só tinha horário pro sábado - era quinta. Obrigada. No 6° - e eu já não estava acreditando naquilo - as duas manicures também já estavam com a agenda lotada: "mas tem um salãozinho ali na esquina, tenta lá". Achei que eu estava participando da pegadinha do Faustão. Não era possível. Pois era.


Vi, Socorro. Obrigada.
Fotos de Umuarama
QUARTA-FEIRA VERDE
- Qual o nome da senhora?
- Maria.
- E, dona Maria, a senhora compra no São Francisco há quanto tempo?
- Ahhhh, faz muuuitos anos! Eu adoro o São Francisco.
- E a senhora sabe quantos anos o São Francisco está fazendo?
- 25 anos!! Eu acompanho desde o começo!
- Que bom, dona Maria, parabéns! E quanto a senhora acha que pesa a melancia...
PS: A dona Maria não levou.
Quem levou foi a Joana (acredita?).
Acho que pesava 7 kg e pouco... ou 11kg... esqueci.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
TEATRO E COMIDA DIFÍCIL
O Teatro Municipal de Paranavaí é lindo.
Pra nós a platéia é armada no palco, junto com a gente, já que a peça é de arena. Ficou interessante nesse palco imenso. E a sensação de estar naquele teatrão é boa demais.
O espetáculo também foi bom. Paranavaí me pareceu uma cidade que se importa com a Cultura, embora, segundo as meninas que fizeram a oficina, seja um lugar para aposentados virem passar anos tranqüilos de velhice. Discordo. Ou não. Afinal, cidades do interior, de uma maneira geral, poderiam ter todas essa característica. Ou tem. Mas, enfim, só de ter um teatro como esse, Paranavaí já ganha muitos pontos.
E um cara chamado Torrentes, do Sesc daqui, contou que a cidade tem tradição de festivais de declamação de poesia. Pois é. Tem um monte. O pessoal decora um poema, vai lá, e declama. Há grupos que fazem isso informalmente, tipo saraus, e há esses festivais organizados pelo Sesc e pela Prefeitura, acho. Tem desde criança até tralalá declamando poesia por aqui. Deve ser bonito. No mínimo, curioso.
Tati, você que ama poesia, ia gostar ou ter preguiça de assistir?
EU ia adorar.
Aqui, finalmente conseguimos comer um salmãozinho cru, depois de dias e dias de procura por comida japonesa em todas as cidades por onde passamos. Um temaki gostoso e carérrimo num lugar bem charmoso no meio da praça linda de Paranavaí. E um sashimi meio safado no Bar do Kengo... Nada de ótimo, não. A verdade é que nós, que moramos na insanidade de São Paulo, precisamos entender e nos conformar que nem tudo há no interior do Paraná. E nem no interior da gente.
Aliás, comer por aqui é bem difícil se você não se encaixar nos horários certinhos da cidade. Depois das 14h, esquece, não tem restaurante aberto. Juro. Nenhum. Nem UM. Com sorte, cê acha uns salgados de boteco, uns pastéis... mas comida, not. Nem no hotel. E isso acontece nas outras cidades também. É normal, será? Ai, pra mim é incrível. Juro: NENHUM restaurante aberto na cidade inteira. A resposta é sempre a mesma: "ah, agora só pro jantar". Tá. Se isso é mesmo um problema? Ah, não. Mas eu quis contar. Porque pra quem vive na terra da gastronomia, é incrível.
Amanhã vamos pra Umuarama.
Depois, Foz do Iguaçu. Aguarde, em breve, o relato:
"Os sacoleiros da Gota invadem o Paraguai".
A oficina foi super bacana. Meninas de 10 anos fofíssimas e um senhor de 65 quase tão fofo quanto elas. Gente muito boa. De gestos detalhados e cuidadosos. Levo daqui, desta cidade que me parece ter tudo em dez quarteirões, isto: a atenção no gesto, no detalhe, na preciosidade de uma simples reverência bem feita.
Estou meio feudal.
Fotos de Paranavaí
domingo, 7 de outubro de 2007
JAPUCARANA
Fora isso, esta cidade tem uma catedral numa praçona e mais nada. Só um milhão de lojas e um cheiro de ração pra cachorro no ar. Tem uma fábrica. Engraçado que Cornélio Procópio cheirava a café. Apucarana cheira a ração.
Fotos de Apucarana
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
AUGUSTA E HELENA
Cornélio fica guardado como um dos lugares mais especiais por onde passamos. As oficinais foram incríveis e a apresentação, mágica. Criou-se a energia da peça, que andava um pouco dispersa com esse público do interior do Paraná. Não sei, talvez a gente ainda não tivesse achado o tom. Achamos. Explicar não sabemos bem. Mas foi uma alegria.
Na oficina, tivemos duas pessoas daquelas que vale a pena conhecer na vida. Augusta, de 61 anos e Helena, uma japonesa de 72. Elas têm ESSA idade, e FAZEM TEATRO, no INTERIORZÃO DO PARANÁ. Não é legal demais? Eu acho.
Enfim, elas são incríveis! Na oficina nos deram um baile de disposição e de vida. Um baile. E não foi baile da saudade, não... E, claro, elas prometeram se comunicar comigo por e-mail.
Claro que elas têm e-mail!!
Definitivamente, no interior, a vida dura mais. E Cornélio Procópio é um lugar de gente bem peculiar. Adoramos.
terça-feira, 2 de outubro de 2007
O SOL DE CORNÉLIO
CASA

Veja só...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
MAIS KI-DONALD E OS EX-FUMANTES

E fizemos o "mini-aperitivo festivo de apoio e incentivo e em homenagem aos amigos queridos, sigelos, lindos, cheirosos, fortes e guerreiros que estão largando o vício do cigarro". Foi no meu quarto. Passei a tarde descascando cenoura e decorando o ambiente, que ficou chiquérrimo - com exposição de arte, velas, música e lounge. Traje: rigor. Meninos obrigatoriamente de gravata. Meninas de vestido ou saia. Pena que foto não tem som porque rolou um samba que só acabou de madrugada no coreto do praça. Com metade da cidade se perguntando: "meu Deus, quem é essa gente?". Mas foi bom. Porque chamou a atenção e hoje vão todos lá nos assistir.
Fotos de Sto Antonio da Platina
Faustão - Preciso registrar que ontem, no Faustão, me apareceu uma família de Santo Antonio da Platina. Sério. Foram participar do karaokê. Foi um senhor que ganhou alguma promoção do Magazine Luiza aqui da cidade (que também estão ao redor da praça). Mas cantaram mal pra burro. Perderam. Senão, ia ter fogos de artifício na praça.