segunda-feira, 19 de novembro de 2007

VISÃO

De tudo que vi pelos lugares por onde passei, uma coisa me impressionou muito. Eu já sabia que isso acontecia na teoria, porque todas as pesquisas de domicílio sempre mostraram isso. Mas eu nunca tinha, de fato, visto, tão incrivelmente, como a televisão está em TODOS os lugares (as pesquisas mostram que 96% da população brasilieira têm televisão - mais do que geladeira).

Nas estradas distantes da Paraíba ou das Alagoas, em lugares que quase não têm nome, lá estão elas, as parabólicas.

E não é só nas casas, não: a tv está em todos, TODOS os estabelecimentos de TODOS os lugares por onde se passa. Principalmente no interior. Lojas, restaurantes, bancas de revista, salas de espera de qualquer coisa, lobbys de hotéis, supermercados, quiosques à beira-mar, cafofos, vendinhas, botecos, pontos de taxi e de moto-taxi (vi uma febre de moto-taxi em todas as cidades que não são São Paulo!).

Até nas lojinhas dos Mercados Municipais de qualquer cidadezinha (mercados esses que são um mar absurdo de comércio) e, mais impressionantemente ainda, nas barracas de rua de Juazeiro do Norte, no Ceará - mesmo as menores e mais apinhadas de coisas - em que se vende de tudo, panelas, roupas, rapadura, santos e remédios de Padre Cícero, lá está ela, acredite, a televisão. Todo mundo tem uma. Grande ou pequena, colorida ou PB, com imagem nítida ou chuvisco, com som alto, baixo, mudo... Não importa. O caso é que elas estão em todos os lugares, por mais insólitos ou inusitados, às vezes camufladas no meio de tanta mercadoria, e sempre - SEMPRE - ligadas na Globo.

PS: Por favor, repare ONDE está a pochete do cidadão. É a esposa dele que está "lá dentro" assistindo ao Jornal Hoje.



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